Jogo ou amor? O que os casais tem escolhido?

Jogo ou amor? O que os casais tem escolhido?

Jogo ou amor? O que os casais tem escolhido?

 

Na semana dos namorados, ouvi uma campanha publicitária no rádio que me chamou muita atenção. Ela dizia “menos jogo, mais amor” com o intuito de que os casais deixassem os jogos de lado e focassem mais no amor e assim presenteassem o(a) namorado(a)  com um perfume.

O objetivo da campanha, obviamente, era a venda do produto, mas uma constatação atrelada a minha experiência me veio ainda mais forte, a de que realmente os jogos estão se tornando uma premissa para os relacionamentos, principalmente naquela fase inicial, na qual ainda existem incógnitas e muitas incertezas.

Existem várias razões que levam as pessoas a participarem desse jogo de relacionamento. Uma delas está baseada nas características pessoais como a insegurança, baixa autoestima e pouca autoconfiança. Crenças, principalmente no caso de mulheres, de que é necessário se fazer difícil ou de que não há valor no que é fácil, também favorecem.

Pessoas que já passaram por relacionamentos, que não deram certo, são mais passíveis de entrarem no jogo. Por medo da frustração e na tentativa de se protegerem, procuram não demonstrar interesse, por mais que o tenham.

Um outro fator que contribui é o tipo de pensamento. Pensamentos distorcidos como uma previsão de futuro, telepatia (acreditar que sabe o que o outro pensa e quer) e o famoso “E se…”, fazem com que a pessoa visualize hipóteses negativas.

Um exemplo claro de pensamento distorcido que pode ocorrer: Se eu responder esta mensagem agora, vai parecer que eu estou muito interessado(a),  ele(a) vai assustar porque pode ser que ele(a) não queira compromisso agora, logo nunca mais me chamará para sair.

Juntando tudo isso é comum que as pessoas não respondam mensagens ou demorem para responde-las, usem de respostas evasivas nos diálogos, não falem de si mesmas de forma sincera e, principalmente, fiquem esperando muito a iniciativa do outro.

E nesse campeonato cheio de jogos, como ficam as relações? Muitas vezes não ficam, não seguem. Sem espontaneidade, superficiais, sem entregas e sem laços, o cansaço se instala, o desinteresse cresce e a continuidade se torna inviável. O que era para dar certo, dá errado.

Contudo, existem alternativas que podem mudar o curso do campeonato. Se o mesmo “E se” for usado em favor próprio, se ao invés de jogar, se permitir ser o que é e mostrar o que quer, o que pode acontecer? Se responder à mensagem quando a visualizar e disser sim quando quiser?

Não há resposta exata, nem certeza de que dará certo, mas sim uma real chance de se permitir vivenciar a relação com tudo o que ela pode oferecer, gargalhadas, danças, choros, abraços, brigas, etc.

Se privar de viver o bom da relação necessariamente não é se poupar do ruim. Relacionamento não deve ser jogo cheio de estratégias para se ganhar ou perder e sim algo para compartilhar, ser feliz e crescer. Melhor seguir o amor e presentear do que jogar!

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Daniela A. Souza Boggione
daniela@abrangente.psc.br

Psicóloga com Formação em Psicoterapia Breve Sistêmica com aperfeiçoamento em Terapia Infantil, Familiar e Cognitiva Comportamental. Capacitação em Orientação Profissional, de Carreira e Coaching. Especialista em Fator Humano junto ao Comando da Aeronáutica.

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