Telepatia ou bola de cristal

Telepatia ou bola de cristal

 

Veja só como é legal!

Você convive com uma pessoa, tem com ela uma intimidade tão grande que permite que a comunicação entre vocês ocorra de forma leve, solta, onde você adivinha o que ela vai dizer… ou ela adivinha o que você vai dizer…

Imagina como é bom quando a pessoa com quem você convive sabe sobre os seus pensamentos e ideias antes mesmo de você falar. Parece que há uma sintonia tão perfeita que o que vocês dizem pode ser entendido através de olhares e poucas palavras. Você está para dizer, mas ela te antecipa e diz exatamente o que você queria.

E aquele momento em que você precisa dizer algo importante para alguém e você ensaia o diálogo, para que ele aconteça do jeitinho que você quer? Sabe aquela conversa que você imagina perfeita, a ponto de visualizar o que o outro pensa e diz? E aí você chega para conversar quase que “sabendo” como a conversa vai se desenvolver…

Isso faz parte de todas as relações de intimidade, ocorre ente todos nós e as pessoas que amamos.

Mas o que dizer quando você imagina que o outro pensa determinada coisa, mas ele pensa diferente e seus planos vão por água abaixo… Como é ruim quando você acha que explicou tudinho e que o outro entendeu da forma como você queria, mas depois descobre que a comunicação ficou truncada em algum ponto?

Todos nós tendemos a acreditar que podemos ser entendidos perfeitamente porque nossas ideias já estão lá, em nossa mente, já pensadas e repensadas. Então a gente economiza as palavras e espera que o outro reconheça a nossa ideia global e tome atitudes a partir daquilo que nós pensamos que ele tenha entendido.

Esta pseudo telepatia nos coloca diante de uma situação quase sempre de fracasso! Quase sempre não acontece como imaginamos…

Mas ainda pior é quando uma pessoa que vem conversar com você, já imaginou a conversa e quase que já sabe o que você vai dizer… É como se ela soubesse sobre você mais do que você mesmo sabe! A ideia de que o outro tenha uma bola de cristal e saiba o que queremos também é ineficaz.

E como fazer quando caímos nestas armadilhas da comunicação?

Para que nossas mensagens sejam bem transmitidas e bem entendidas, temos que pensar que o outro não compartilha nossas ideias exatamente como elas são e que não possuem a percepção completa do que queremos dizer.

O ideal é fazer a comunicação de forma precisa, ter a possibilidade de esclarecer o que não foi entendido, usar uma maneira diferente para dizer a mesma coisa, usar exemplos que concretizem as ideias, certificar que o que foi dito foi também compreendido.

Pequenas atitudes que nos livram da ansiedade, que deixam a comunicação mais eficaz, que nos poupam das coisas mal ditas e mal entendidas…

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Karine Lacerda Pereira
karine@abrangente.psc.br

Psicoterapeuta há 23 anos com formação em Psicoterapia Familiar Sistêmica. Mestre em Psicoterapia e Hipnose Ericksoniana pelo CEM – Centro Ericksoniano do México.

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