Sou tão você que sinto falta de mim mesmo

Sou tão você que sinto falta de mim mesmo

O quanto estou sendo eu mesmo neste relacionamento? Esta é uma pergunta importante e que, algumas vezes, devemos nos fazer. Não somente referente a relacionamento amoroso, mas no âmbito geral, familiar, social e profissional.

 

Com o intuito de serem aceitas e com isso manterem o namoro, a amizade, o cargo na empresa, pessoas deixam de ser elas mesmas e começam a agir de acordo com o que consideram viável para a manutenção da relação.  Moldam seus comportamentos para que sejam coerentes ao que o meio exige ou coerentes ao que o outro almeja.

Algumas vezes, durante a vida, pessoas deixam de viver o que gostariam para viver o que o outro gostaria, simplesmente pelo fato de não quererem desagradar, ou por uma necessidade de aprovação.

Por um período isso funciona plenamente, envolvidas em um emaranhado de situações e emoções, as pessoas pouco percebem o que está acontecendo. Estão sendo aceitas e reconhecidas e isso é o que importa.

De forma medida e consciente, não há mal nenhum, até mesmo pelo fato de que as relações demandam concessões. O problema surge quando as recompensas já não são mais suficientes, o dizer “sim” para o outro começa a incomodar e as sensações de ansiedade, medo ou angustia se tornam mais presentes.

A falta de si mesmo vem à tona e junto dela a constatação de que por um período viveu mais o outro que a si mesmo quando questionamentos simples, referentes ao que gosta e ao que quer, são incoerentes com o que realmente pratica.

Para vivenciar de forma mais sadia, qualquer que seja o tipo de relacionamento, é importante não somente a própria conscientização de quem é, do que gosta, do que quer, mas a efetivação disso.

A busca pela mudança através de um processo terapêutico poderá ser de grande valia, uma vez que, geralmente, por trás deste comportamento de pouca autenticidade está uma carência, insegurança ou baixa autoestima.

Um resgate de si mesmo é fundamental para uma visão mais ampla e até mesmo mais crítica do contexto no qual está inserido, e também um ponto inicial para a caminhada em busca da mudança e maior equilíbrio.

Alcançar maior autoconfiança e assim elevar a autoestima é também um bom caminho para conseguir se posicionar e se enxergar como ativo e consistente nas relações, sejam elas quais forem.

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Daniela A. Souza Boggione
daniela@abrangente.psc.br

Psicóloga com Formação em Psicoterapia Breve Sistêmica com aperfeiçoamento em Terapia Infantil, Familiar e Cognitiva Comportamental. Capacitação em Orientação Profissional, de Carreira e Coaching. Especialista em Fator Humano junto ao Comando da Aeronáutica.

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