30 jan Síndrome do Hulk – Transtorno Explosivo Intermitente
Síndrome do Hulk -Transtorno Explosivo Intermitente
O Transtorno Explosivo Intermitente envolve episódios repetidos de impulsividade nos quais o comportamento é agressivo, violento ou irritado. Podem ser explosões verbais em que você reage agressiva e desproporcionalmente à situação. Brigas no trânsito, violência doméstica, jogar ou quebrar objetos, ou outros comportamentos agressivos podem ser sinais de Transtorno Explosivo Intermitente.
Pessoas com Transtorno Explosivo Intermitente podem agredir outras pessoas ou a propriedade alheia, causando lesões corporais e danos materiais. Eles também podem se ferir durante uma explosão. Em seguida, as pessoas com transtorno explosivo intermitente costumam se arrepender, sentir, remorso ou constrangimento.
Para que é corretamente diagnosticado com Transtorno Explosivo Intermitente, o tratamento pode envolver medicamentos e psicoterapia para controlar os impulsos agressivos.
Sintomas
Erupções explosivas, geralmente com duração inferior a 30 minutos e que, muitas vezes, resultam em agressões verbais, ferimentos e destruição deliberada de propriedade alheia. Estes episódios podem ocorrer seguidamente ou estarem separados por semanas ou meses de comportamento não-agressivo. Entre os episódios de explosões explosivas, a pessoa pode mostrar-se irritável, impulsivo, agressivo ou bravo.
Episódios agressivos podem ser precedidos ou acompanhados de:
– Irritabilidade – Aumento da energia – Raiva – Pensamentos acelerados – Parestesias (formigamento) – Tremores – Taquicardia – Aperto no peito – Sensação de pressão na cabeça
Causas
A causa exata do Transtorno Explosiva Intermitente é desconhecida, mas o transtorno é provavelmente causado por uma série de fatores ambientais e biológicos.
Meio Ambiente. A maioria das pessoas com este transtorno cresceu em famílias onde o comportamento explosivo e abuso verbal e físico eram comuns. Estar exposto a este tipo de violência em uma idade precoce torna mais provável que essas crianças apresentem esses mesmos traços à medida que amadurecem.
Genética. Pode haver um componente genético, fazendo com que a doença seja passada de pais para filhos.
Química cerebral. Pode haver diferenças na maneira como a serotonina, um importante mensageiro químico no cérebro, funciona em pessoas com Transtorno Explosivo Intermitente.
Pessoas com outros transtornos mentais – tais como transtornos de ansiedade, humor ou de personalidade – ou determinadas condições médicas – como a doença de Parkinson ou lesões cerebrais traumáticas – podem apresentar comportamentos agressivos. No entanto, eles não seriam diagnosticados como tendo transtorno explosivo intermitente, pois a causa é de outra condição.
Fatores de Risco
Uma série de fatores aumentam o risco de desenvolver Transtorno Explosivo Intermitente:
História de abuso de substâncias. Pessoas que abusam de drogas ou álcool têm um risco aumentado de Transtorno Explosivo Intermitente.História de abuso físico. As pessoas que foram abusadas quando crianças ou tiveram múltiplos acontecimentos traumáticos têm um risco aumentado de Transtorno Explosivo Intermitente. Idade. O início do Transtorno Explosivo Intermitente ocorre mais frequentemente durante a adolescência e na faixa de vinte a trinta anos.Ser do sexo masculino. Os homens são mais propensos a ter Transtorno Explosivo Intermitente que as mulheres.
Complicações
Pessoas com Transtorno Explosivo Intermitente têm um risco aumentado de:
Autoflagelação. Quem sofre dessa condição nem sempre direciona sua raiva para os outros. Eles estão em risco significativamente aumentado de ferir a si mesmos, com lesões intencionais ou até mesmo tentativas de suicídio. Aqueles que também apresentam dependência de drogas ou tem outro transtorno mental grave, como a depressão, estão em maior risco de se machucar.Prejuízo nas relações interpessoais. Eles são muitas vezes percebidos pelos outros como sendo sempre irritados,difíceis e “pavio curto”. Isso pode levar a problemas de relacionamento, divórcio e estresse familiar.Problemas em casa, no trabalho ou na escola. Outras complicações do Transtorno Explosivo Intermitente podem incluir a perda do emprego, suspensão escolar, acidentes automobilísticos, problemas financeiros ou problemas com a lei.
Critérios DSM incluem
– Vários incidentes de falha em resistir a impulsos agressivos que resultaram na destruição deliberada da propriedade ou agressão de outra pessoa; – Um grau de agressividade durante incidentes que é completamente desproporcional ao evento que desencadeou o comportamento; – Episódios agressivos que não são mais bem explicados por outro transtorno mental e não são devido aos efeitos de uma droga ou de uma condição médica;
– Outras condições que devem ser excluídas antes de fazer um diagnóstico de Transtorno Explosivo Intermitente incluem outros transtornos mentais ou problemas de uso de substâncias.
É muito importante ter certeza de que os sintomas explosivos não se devam a outras condições psiquiátricas, principalmente transtornos de personalidade e transtornos do espectro bipolar
Não há um tratamento que, isoladamente, seja melhor para todos com Transtorno Explosivo Intermitente. O tratamento geralmente inclui psicoterapia e medicação.
Psicoterapia Sessões de terapia individual ou em grupo podem ser muito úteis. Uma linha comumente é a que se propõe ajudar as pessoas com Transtorno Explosivo Intermitente a identificar quais situações ou comportamentos podem desencadear uma resposta agressiva. E, mais importante ainda, como controlar a raiva e controlar respostas inadequadas usando técnicas como treinamento de relaxamento, a pensar diferente sobre situações (reestruturação cognitiva) e aprender novas habilidades de enfrentamento.
Medicação Diferentes tipos de medicamentos podem ajudar no tratamento do Transtorno Explosivo Intermitente. Estes medicamentos incluem:
– Antidepressivos, tais como a fluoxetina (Prozac) e o escitalopram (Lexapro); – Anticonvulsivantes, como a carbamazepina (Tegretol), oxcarbazepina (Trileptal), fenitoína (Dilantin), topiramato (Topamax) e lamotrigina (Lamictal), e o divalproato (Depakote); – Agentes ansiolíticos da família dos benzodiazepínicos, tais como lorazepam (Lorax) e clonazepam (Rivotril); – Estabilizadores de humor, como o lítio (Carbolitium).
Se você está preocupado porque você está tendo repetidas explosões emocionais, fale com o seu médico ou marque uma consulta com alguém que se especializa no tratamento de distúrbios emocionais, como um psiquiatra, ou um psicólogo.
Fonte; ©1998-2013 Mayo Foundation for Medical Education and Research (MFMER).
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