17 abr Medo… Dá medo o medo que dá
Na música MEDO, Lenine descreve brilhantemente as sensações que o medo causa e pode causar.
De uma evitação em enfrentar uma situação difícil à total paralisação, o medo está sempre presente. Às vezes como bom protetor, mas muitas vezes, e na maioria dos casos das pessoas que buscam a ajuda de um psicólogo, ele aterroriza, distorce a percepção e diz: “Não, não vá”!
Sentir medo não é bom, mas em muitos momentos necessário. No entanto, se o alimentamos como a um bebê, logo, logo, ele fica muito forte e bem nutrido. Diferentemente dos bebês, no entanto, nem sempre a única forma de alimentá-lo é dar-lhe muita atenção. Podemos nutri-lo pensando repetidamente nele, dando-lhe todo o destaque do mundo, mas também fugindo.
Fugir do medo, negá-lo e evitar vê-lo cara a cara, também o fazem crescer. Estranho não é?
Mas é exatamente assim que acontece. É como fugir da nossa sombra. Ela fica ali, andando atrás de nós, até que a única maneira de não vê-la é evitando os lugares onde poderia surgir. E é assim que se estruturam os transtornos de ansiedade e pânico: dando muito alimento ao medo e/ou fugindo dos lugares onde poderia surgir. Até que por fim o medo de sentir medo, torna-se o maior que o medo inicial.
Então, para trabalhar os medos é preciso, antes de tudo aceitá-los, identificá-los, nomeá-los e aos poucos, numa aproximação sucessiva diminuir a paralisia que causam. É preciso fazer despertar os momentos de coragem. Despertar o momento em que se olhe para a sombra e diga: “Você é apenas uma parte de mim; uma parte que reconheço e não mais me paralisa.”
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